sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Doutorado Sanduíche - documentação

Depois que toda documentação estava pronta e a Pró-reitoria de Pós-graduação enviou para a CAPES levou um mês para a resposta positiva sair.
E u ma vez que ela saiu passei a correr atrás da documentação exigida pela UC Berkeley.
Já na carta inicial que recebi com as explicações do processo para me tornar Visiting Scholar está escrito que o processo pode ser demorado e não depende do departamento que se pretende visitar, e que o processo de retirada do visto pode levar 2 ou 3 meses (e esta estimativa não inclui a retirada do visto).
Enviei para o departamento que ia visitar uma cópia do passaporte, meu e do namorado/marido, quem era meu sponsor e o período da visita. Enviei os documentos solicitados e o pagamento das taxas.
A Universidade e o governo dos Estados Unidos cobram uma série de taxas para que alguém se torne Visiting Scholar, e essas taxas, assim como os custos do visto, não são cobertos pela CAPES.
Quando eu fui tive que pagar uma taxa para me tornar Visiting scholar, uma taxa referente ao visto, a taxa SEVIS e uma taxa do departamento (que varia dependendo do departamento que você está visitando). A taxa SEVIS é possível pagar com cartão de crédito, e você pode pagar depois que preenche o DS-160.
Mas a taxa para se tornar Visiting Scholar, a taxa do visto e a taxa do departamento tinham que ser pagas através de cheques, isso quer dizer que essas taxas não poderiam ser pagas através daquelas transferências SWIFT que se faz no banco ou através da utilização de Western Union e afins. Eu tive que achar alguém que morasse nos Estados Unidos e que estivesse disposto a mandar os cheques no meu nome, eu transferi o dinheiro para a conta dessa pessoa (é bom prestar atenção, pois há uma taxa para recebimentos de transferências internacionais que varia de banco para banco nos Estados Unidos, então é bom mandar um pouco mais de dinheiro, para que não falte na hora de mandar os cheques para a Universidade) e ela fez os cheques e mando para a Universidade.
Além dos cheques enviei cópia do currículo, do diploma (tudo traduzido), cópia do passaporte (meu e dos dependentes) e comprovante de renda (meu e dos dependentes).

Assim que os documentos foram recebidos, eu preenchi um formulário online, que pelo que me lembro serve para a elaboração do DS-2019.
Preenchi também um formulário em que especificava os dependentes e anexava os documentos exigidos (como os comprovantes de renda), e é nesta etapa que você declara se está indo com dependentes. Como meu namorado/marido foi comigo, nesta etapa declarei que ele iria comigo e anexei os comprovantes de renda que possibilitariam a ida dele.

De acordo com o site do International Office, depois que essas informações foram preenchidas, leva até duas semanas para que eles elaborem o DS-2019 (que é um  Certificado de Elegibilidade para o Status de Visitante de Intercâmbio, que é necessário para tirar o visto). O DS-2019 é enviado pelo correio (e portanto, leva mais um tempo para chegar até o Brasil), no meu caso a pessoa no departamento que era responsável por lidar com os estrangeiros foi simpática e solícita e enviou por um serviço expresso (UPS, custou cerca de US$80,00 que eu paguei ao departamento quando cheguei).


Doutorado Sanduíche - entrando em contato com o coorientador estrangeiro e documentação

Eu fiz meu doutorado sanduíche com bolsa PDSE (da CAPES) para UC Berkeley. 
O processo todo, desde o primeiro e-mail para o orientador no exterior e o embarque levou pouco mais de um ano. É bom ter em mente que o transito da papelada leva tempo, que vários documentos vem pelo correio, e que pode haver atrasos. 


No meu caso o primeiro passo foi entrar em contato com o Professor que eu gostaria que se tornasse meu co-orientador estrangeiro,  a CAPES estabelece que deve haver uma interação ou relacionamento técnico científico entre o orientador brasileiro e o co-orientador estrangeiro. Isso não significa que estes devam se conhecer, mas que deve haver comunicação, que estes devem estar na mesma área ou possuir um objeto de estudo em comum, por exemplo. No meu caso, meu orientador e o professor estrangeiro não se conheciam, mas atuam na mesma área.  Eu mandei um e-mail para o professor estrangeiro explicando o meu projeto e o objetivo do doutorado sanduíche, anexei meu currículo traduzido e um resumo do currículo traduzido do meu orientador. Neste ponto eu aconselharia o interessado em fazer o doutorado sanduíche a já ter procurado no site da Universidade quais as formas pelas quais pode visitar a Universidade e qual a mais adequada para a realização do doutorado sanduíche, e já especificar isso no e-mail (facilita a conversa).
Paralelamente eu entrei em contato com o VSPA (Visiting Scholars and Postdoc Affairs) para ver quais os procedimentos para poder fazer o doutorado sanduíche  na UC Berkeley. 
Eu fui para a Universidade na categoria de Visting Scholar, nesta categoria é preciso que a pessoa seja recebida por um departamento e que ela tenha um sponsor. Quando eu fui cada professor do Departamento de Sociologia (departamento que me recebeu) poderia receber dois visiting scholars/students por semestre. Por isso é bom entrar em contato com o professor com antecedência, pois é bem possível que ele tenha uma lista de espera de pessoas querendo visitar o departamento e te-los como sponsors. 
Outro detalhe importante é verificar se a Universidade faz uma exigência de comprovação de renda para o período que se pretende fazer a visita, é bom verificar se o valor da bolsa cobre o valor exigido. Eu fui antes de sair o auxílio localidade, então minha bolsa não cobria o exigido por mês, e ainda fui com meu namorado/marido, o que demandava outra comprovação de renda. Para comprovar essa renda extra, além da bolsa eu imprimi o saldo da minha conta bancária e do namorado/marido. Isso é importante na hora de se estabelecer a duração do doutorado sanduíche.

Depois de receber a resposta positiva do Professor e estabelecer o período de realização do doutorado sanduíche eu comecei a correr atrás da documentação necessária para pedir a bolsa.
No site da Capes tem uma tabela com a lista dos documentos e em qual fase do processo o documento precisa ser enviado para a CAPES, eu imprimi a tabela e fui marcando conforme fui conseguindo os documentos.
Inicialmente são necessários: carta do orientador brasileiro, carta do orientador estrangeiro, plano de pesquisa aprovado por ambos o orientador e o coorientador, currículo lattes, currículo do coorientador estrangeiro e o Termo de seleção de candidatura do PDSE com parecer do consultor externo.

- Carta do orientador brasileiro: deve explicar a importância da realização do doutorado sanduíche, qual o relacionamento técnico científico com o coorientador estrangeiro e deve declarar que o aluno possui proficiência necessária na língua estrangeiro;
- Carta do coorientador estrangeiro: deve mostrar que aprova o plano de pesquisa, informar o período do estágio e declarar que o aluno possui proficiência necessária na língua (eu usei a mesma carta tanto para o processo da bolsa quanto para o processo na Universidade estrangeira, por isso verifiquei o que era necessário para o processo e inclui na carta, foi bom fazer isso para que o coorientador estrangeiro não perdesse tempo escrevendo duas cartaz)
- Plano de pesquisa: não existe um modelo para o plano de pesquisa, o meu ficou com mais ou menos 10 páginas, expliquei a importância do doutorado sanduíche para a realização do projeto, a relevância do coorientador estrangeiro, que a Universidade possuía a estrutura necessária e fiz um cronograma com as atividades
- Termo de Seleção de candidatura do PDSE: o programa de pós-graduação forma uma comissão interna para analisar os pedidos de bolsa PDSE (de forma que vários alunos podem tentar a bolsa ao mesmo tempo e dependendo da aviabilidade de bolsa uns podem ser contemplados e outros não) deve haver também um consultor externo (geralmente um professor de outra instituição). O documento termo de seleção de candidatura do PDSE está disponível no site da CAPES, e deve ser preenchido por essa comissão interna, o consultor externo pode assinar esse documento ou fazer um parecer anexo.

É bom ter em mente que o mais provável é que a documentação seja enviada pela universidade para o consultor externo e deste de volta para o seu departamento, e que isso também leva tempo.

Uma vez que todos os documentos estão prontos, e o candidato foi selecionado pelo Programa de pós-graduação ( e portanto o parecer da comissão interna e do consultor externo é favorável) a documentação é encaminhada pela Pró-reitoria de Pós-graduação para a CAPES, e a CAPES por sua vez, tem um prazo de 30 dias para analisar o pedido e responder se concede ou não a bolsa.