sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Doutorado Sanduíche - documentação

Depois que toda documentação estava pronta e a Pró-reitoria de Pós-graduação enviou para a CAPES levou um mês para a resposta positiva sair.
E u ma vez que ela saiu passei a correr atrás da documentação exigida pela UC Berkeley.
Já na carta inicial que recebi com as explicações do processo para me tornar Visiting Scholar está escrito que o processo pode ser demorado e não depende do departamento que se pretende visitar, e que o processo de retirada do visto pode levar 2 ou 3 meses (e esta estimativa não inclui a retirada do visto).
Enviei para o departamento que ia visitar uma cópia do passaporte, meu e do namorado/marido, quem era meu sponsor e o período da visita. Enviei os documentos solicitados e o pagamento das taxas.
A Universidade e o governo dos Estados Unidos cobram uma série de taxas para que alguém se torne Visiting Scholar, e essas taxas, assim como os custos do visto, não são cobertos pela CAPES.
Quando eu fui tive que pagar uma taxa para me tornar Visiting scholar, uma taxa referente ao visto, a taxa SEVIS e uma taxa do departamento (que varia dependendo do departamento que você está visitando). A taxa SEVIS é possível pagar com cartão de crédito, e você pode pagar depois que preenche o DS-160.
Mas a taxa para se tornar Visiting Scholar, a taxa do visto e a taxa do departamento tinham que ser pagas através de cheques, isso quer dizer que essas taxas não poderiam ser pagas através daquelas transferências SWIFT que se faz no banco ou através da utilização de Western Union e afins. Eu tive que achar alguém que morasse nos Estados Unidos e que estivesse disposto a mandar os cheques no meu nome, eu transferi o dinheiro para a conta dessa pessoa (é bom prestar atenção, pois há uma taxa para recebimentos de transferências internacionais que varia de banco para banco nos Estados Unidos, então é bom mandar um pouco mais de dinheiro, para que não falte na hora de mandar os cheques para a Universidade) e ela fez os cheques e mando para a Universidade.
Além dos cheques enviei cópia do currículo, do diploma (tudo traduzido), cópia do passaporte (meu e dos dependentes) e comprovante de renda (meu e dos dependentes).

Assim que os documentos foram recebidos, eu preenchi um formulário online, que pelo que me lembro serve para a elaboração do DS-2019.
Preenchi também um formulário em que especificava os dependentes e anexava os documentos exigidos (como os comprovantes de renda), e é nesta etapa que você declara se está indo com dependentes. Como meu namorado/marido foi comigo, nesta etapa declarei que ele iria comigo e anexei os comprovantes de renda que possibilitariam a ida dele.

De acordo com o site do International Office, depois que essas informações foram preenchidas, leva até duas semanas para que eles elaborem o DS-2019 (que é um  Certificado de Elegibilidade para o Status de Visitante de Intercâmbio, que é necessário para tirar o visto). O DS-2019 é enviado pelo correio (e portanto, leva mais um tempo para chegar até o Brasil), no meu caso a pessoa no departamento que era responsável por lidar com os estrangeiros foi simpática e solícita e enviou por um serviço expresso (UPS, custou cerca de US$80,00 que eu paguei ao departamento quando cheguei).


Doutorado Sanduíche - entrando em contato com o coorientador estrangeiro e documentação

Eu fiz meu doutorado sanduíche com bolsa PDSE (da CAPES) para UC Berkeley. 
O processo todo, desde o primeiro e-mail para o orientador no exterior e o embarque levou pouco mais de um ano. É bom ter em mente que o transito da papelada leva tempo, que vários documentos vem pelo correio, e que pode haver atrasos. 


No meu caso o primeiro passo foi entrar em contato com o Professor que eu gostaria que se tornasse meu co-orientador estrangeiro,  a CAPES estabelece que deve haver uma interação ou relacionamento técnico científico entre o orientador brasileiro e o co-orientador estrangeiro. Isso não significa que estes devam se conhecer, mas que deve haver comunicação, que estes devem estar na mesma área ou possuir um objeto de estudo em comum, por exemplo. No meu caso, meu orientador e o professor estrangeiro não se conheciam, mas atuam na mesma área.  Eu mandei um e-mail para o professor estrangeiro explicando o meu projeto e o objetivo do doutorado sanduíche, anexei meu currículo traduzido e um resumo do currículo traduzido do meu orientador. Neste ponto eu aconselharia o interessado em fazer o doutorado sanduíche a já ter procurado no site da Universidade quais as formas pelas quais pode visitar a Universidade e qual a mais adequada para a realização do doutorado sanduíche, e já especificar isso no e-mail (facilita a conversa).
Paralelamente eu entrei em contato com o VSPA (Visiting Scholars and Postdoc Affairs) para ver quais os procedimentos para poder fazer o doutorado sanduíche  na UC Berkeley. 
Eu fui para a Universidade na categoria de Visting Scholar, nesta categoria é preciso que a pessoa seja recebida por um departamento e que ela tenha um sponsor. Quando eu fui cada professor do Departamento de Sociologia (departamento que me recebeu) poderia receber dois visiting scholars/students por semestre. Por isso é bom entrar em contato com o professor com antecedência, pois é bem possível que ele tenha uma lista de espera de pessoas querendo visitar o departamento e te-los como sponsors. 
Outro detalhe importante é verificar se a Universidade faz uma exigência de comprovação de renda para o período que se pretende fazer a visita, é bom verificar se o valor da bolsa cobre o valor exigido. Eu fui antes de sair o auxílio localidade, então minha bolsa não cobria o exigido por mês, e ainda fui com meu namorado/marido, o que demandava outra comprovação de renda. Para comprovar essa renda extra, além da bolsa eu imprimi o saldo da minha conta bancária e do namorado/marido. Isso é importante na hora de se estabelecer a duração do doutorado sanduíche.

Depois de receber a resposta positiva do Professor e estabelecer o período de realização do doutorado sanduíche eu comecei a correr atrás da documentação necessária para pedir a bolsa.
No site da Capes tem uma tabela com a lista dos documentos e em qual fase do processo o documento precisa ser enviado para a CAPES, eu imprimi a tabela e fui marcando conforme fui conseguindo os documentos.
Inicialmente são necessários: carta do orientador brasileiro, carta do orientador estrangeiro, plano de pesquisa aprovado por ambos o orientador e o coorientador, currículo lattes, currículo do coorientador estrangeiro e o Termo de seleção de candidatura do PDSE com parecer do consultor externo.

- Carta do orientador brasileiro: deve explicar a importância da realização do doutorado sanduíche, qual o relacionamento técnico científico com o coorientador estrangeiro e deve declarar que o aluno possui proficiência necessária na língua estrangeiro;
- Carta do coorientador estrangeiro: deve mostrar que aprova o plano de pesquisa, informar o período do estágio e declarar que o aluno possui proficiência necessária na língua (eu usei a mesma carta tanto para o processo da bolsa quanto para o processo na Universidade estrangeira, por isso verifiquei o que era necessário para o processo e inclui na carta, foi bom fazer isso para que o coorientador estrangeiro não perdesse tempo escrevendo duas cartaz)
- Plano de pesquisa: não existe um modelo para o plano de pesquisa, o meu ficou com mais ou menos 10 páginas, expliquei a importância do doutorado sanduíche para a realização do projeto, a relevância do coorientador estrangeiro, que a Universidade possuía a estrutura necessária e fiz um cronograma com as atividades
- Termo de Seleção de candidatura do PDSE: o programa de pós-graduação forma uma comissão interna para analisar os pedidos de bolsa PDSE (de forma que vários alunos podem tentar a bolsa ao mesmo tempo e dependendo da aviabilidade de bolsa uns podem ser contemplados e outros não) deve haver também um consultor externo (geralmente um professor de outra instituição). O documento termo de seleção de candidatura do PDSE está disponível no site da CAPES, e deve ser preenchido por essa comissão interna, o consultor externo pode assinar esse documento ou fazer um parecer anexo.

É bom ter em mente que o mais provável é que a documentação seja enviada pela universidade para o consultor externo e deste de volta para o seu departamento, e que isso também leva tempo.

Uma vez que todos os documentos estão prontos, e o candidato foi selecionado pelo Programa de pós-graduação ( e portanto o parecer da comissão interna e do consultor externo é favorável) a documentação é encaminhada pela Pró-reitoria de Pós-graduação para a CAPES, e a CAPES por sua vez, tem um prazo de 30 dias para analisar o pedido e responder se concede ou não a bolsa.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Doutorado Sanduiche

Doutorado Sanduíche é um período, que pode variar de alguns meses a um ano, que o aluno passa em outro local pesquisando para fazer a tese.
Hoje existem várias possibilidades de bolsas para realização de Doutorado Sanduíche:
- CAPES - bolsa PDSE
- CNPQ - bolsa SWE
- Ciências sem fronteiras 

E também existem bolsas para destinos específicos:
- Para os Estados Unidos: Comissão Fulbright
- Para a Europa: Erasmus Mundus
entre outras.

Entretanto, a maior parte destas bolsas possui um calendário específico e é preciso ficar atento as chamadas públicas. Os valores das bolsas variam de acordo com o local para que se está indo, mas na maior parte das vezes os valores das bolsas da CAPES e do CNPQ é similar ou igual. As bolsas PDSE e SWE oferecem, além da mensalidade, um auxílio instalação, auxílio para aquisição do seguro saúde, e auxílio deslocamento (para compra das passagens aéreas). Mas nenhuma destas ajuda no pagamento de taxas cobradas pela Universidade no exterior. De acordo com o site a bolsa do Programa Ciências sem fronteiras pode ajudar com estas taxas (mas de acordo com o site, essa ajuda depende da análise e disponibilidade da CAPES.
As bolsas PDSE, SWE e Ciências sem fronteiras também oferecem um adicional localidade, para cidades de alto custo de vida (a lista de cidades está nos sites da CAPES e CNPQ).
A bolsa da Comissão Fulbright, além da mensalidade, auxilio instalação, auxilio deslocamento, conta com Auxílio para aquisição de livros e/ou computador, de até U$ 2,000;  Auxílio para participação de eventos acadêmicos/científicos nos EUA de até US$ 1,200; Mensalidade complementar, de valor variável de acordo com a localização do campus nos EUA.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Projeto Mochilão Argentina - El Calafate e El Chalten

Para chegarmos a El Calafate, que fica já na Patagônia Argentia, pegamos um voo das Aerolineas Argentinas, o voo foi super rápido e tranquilo.Chegando  no aeroporto (que fica bem longe da cidade) tem uma empresa que faz o transporte até a cidade, e já no guiche ganhamos vários cumpons de desconto (principalmente de restaurantes).

El Calafate é uma cidade pequena, a rodoviária fica a alguns quarteirões da rua principal, mas o ônibus que sai do aeroporto deixa os passageiros na rua principal, ou no hoslel/hotel. Ficamos em um hostel chamado Che Lagarto, ficamos num quarto misto, para 4 pessoas, com banheiro privativo. O hostel oferece um bom café da manhã, e você pode contartar os passeios direto na recepção do hostel. Foi um dos melhores hostels que ficamos durante essa viagem, era bem organizado, limpo, o café da manhã era muito bom e os funcionários eram muito simpáticos.
Os passeios variam de caminhadas até trajetos mais longos que podem durar de 3 a 4 dias. Você também pode cavalgar na Patagônia, fazer hikking ou ice-trekking. Nós fomos visitar o Parque Nacional de Los Glaiares, contratamos o serviço no hostel, você tem a opção de ir com um guia ou sem. Fomos com o guia. O ônibus passa na porta de cada hotel/hostel para pegar as pessoas, a entrada no parque é paga separadamente do ônibus, na entrada do parque um funcionário recolhe o dinheiro da entrada. Dentro deste passeio você também pode fazer um passeio de barco, que vai perto do Glaciar.
Esse passeio te leva até o Glaciar Perito Moreno, existe um conjunto de escadas e plataformas que percorrem a lateral do Glaciar e permitem uma visão ótima do Glaciar.

                                          Glaciar Perito Moreno - Foto de Rafael Tonani CC

Também há um passeio de barco que leva outros Glaciares dentro do Parque Nacional, o barco para na frente dos maiores glaciares, leva quase o dia todo, mas vale muito a pena.
Outro ponto de visitação recomendado pelo Lonely Planet é a Laguna Nimez, esse passeio dá para fazer a pé, sem custos. A lagoa fica praticamente dentro da cidade, e dá para ir caminhando, um dos passeios de cavalgada é realizado na lagoa nimez também. Mas se você for só caminhar pela lagoa meio dia é o suficiente. E no caminho para a Lagoa existe uma das lojas das Ovejitas de la Patagonia (uma loja de sorvete e chocolate) que tem fotos antigas da região. E o sorvete é muito bom, o chocolate também!

A cidade conta com uma série de lojas de roupas de frio e souveniers. E um grande parte dos restaurantes vende lunch box para você levar nos passeios. Mas você também comprar alguma coisa no mercado, em El Calafate tem um mercado chamado La anónima, muito barato, mas não tem sacolas, então quando for lá é melhor levar uma mochila ou sacola. E eles vendem o alfajor jorgito (muito bom!):


Outro passeio vendido nos hostels é a viagem até El Chalten, você pode ir e voltar no mesmo dia ou ir e reservar outro hostel por lá.  A estrada até lá é cheia de subidas e descidas e lindas paisagens. A cidade não tem rodoviária, então o ônibus deixa todo mundo na frente de um dos maiores hoteis. Nós fomos e ficamos 3 dias em em El Chalten.



El Chalten é ainda menor que El Calafate, e fica no meio das montanhas, literalmente, a cidade se localiza dentro do Parque Nacional de los Glaciares, por isso antes de entrar na cidade todos recebem uma palestra sobre preservação e um folheto com um mapa das trilhas. Todos os passeios também podem ser contratados diretamente no hostel, mas como não sabíamos disso já tínhamos contratado um passeio de ice-trekking. Ficamos no hostel Condor de los andes, em um quarto misto de 6 camas, com banheiro privativo. Esse hostel é bem pequeno, mas como a região é cheia de pessoas acampando ou fazendo escalada a rotatividade é alta. Ficamos 3 dias passaram pelo nosso quarto umas 8 pessoas. O pior que umas três dessas pessoas estavam acampando e tinha chovido em todas as roupas deles, eles espalharam roupas sujas e molhadas por todo o quarto...
Em El Chalten existem várias possibilidades de passeios, desde caminhadas curtas de 1 hora até caminhadas de dias inteiros e possibilidades de escalada e passeios de barco. Nós fizemos um passeio que deveria incluir uma tiroleza (quer era mentira, na verdade atravessamos o rio pendurados em uma corda), hikking e ice trekking. A paisagem definitivamente valeu a pena todo o esforço, conseguimos uma foto perfeita do Cierro Torre.



Uma das moças que estava hospedada junto conosco queria muito fazer o ice trekking mas não conseguiu, porque o guia da empresa que ela contrataou não levou os equipamentos para fazer o ice trekking, por causa do mau tempo. Quando chegaram perto da geleira o tempo tinha melhorado, mas não puderam fazer o ice trekking por causa da falta dos equipamentos...
Quando eu fui todas as empresas cobravam o mesmo valor por todos os passeios.
Em El Calafate o tempo muda muito rapidamente, então no dia que chegamos ventava tanto que tivemos que comrpar oculos escuros novos, porque a poeira e pedrinhas pequenas estavam passando por baixo dos óculos que tinhamos e entrando nos nossos olhos.... No segundo dia o dia amanheceu chuvoso mas melhorou depois, e no terceiro dia choveu sem parar...

Na rua principal de El Calafate existe uma pizzaria chamada The Shelter, ótimo lugar, ótima pizza, e eles aceitam pagamento em dólar. No final desta rua há uma loja de outdoors, muito boa, e com preços razoáveis, até baratos.
 Na Rua Lago del Desierto há uma chocolateria que tem uma sala no segundo andar, com grandes janelas de vidro dando para a montanha, o chocolate é bom, mas a vista é melhor.
A cidade conta também com algumas lojinhas de souvenir, lojas para aluguel de equipamentos de hikking e escalada, e uma sérei de outros restaurantes.

*Fotos de El Calafate e El Chalten neste post são de Rafael Tonani, protegidas por Licença Creative Commons.

domingo, 22 de abril de 2012

Projeto Mochilão Argentina - Buenos Aires

Não lembro mais com qual companhia aérea fomos para Buenos Aires, mas tivemos uma escala em Montevidéu, que na viagem de ida serviu para descermos do avião passarmos pelo aeroporto e subirmos de novo no mesmo avião.
O site do Lonely Planet recomenda que ao chegar em Buenos Aires você pegue o Tienda Leon, que são umas vans com percurso pré-determinado, mas no final das contas, como eramos em dois o preço ficava quase o mesmo de se pegar um taxi. Ficamos em um hostel chamado Aires Porteños, que achamos no hostelworld, pra começar quando fizemos as reservas no site agendamos quartos coletivos de até 4 pessoas, ficamos num quarto com 7 camas (segundo o moço que estava no balcão na hora que chegamos, o hostel não faz diferenciação entre agendamentos de quartos coletivos). O prédio era meio velho, o quarto era super escuro, e muito, mas muito quente, o ventilador do teto ficava ligado noite e dia. Mas tinha um café da manhã bem gostoso.
Em Buenos Aires andamos principalmente de metro, ônibus e a pé, os transportes públicos são extremamente baratos e apesar de todas as recomendações de parentes e amigos, não fomos roubados!
No primeiro dia acordamos cedo e fomos ao Jardim Japonês, e de bônus, pela boa vontade de ir até lá na chuva, estava tendo um evendo de anime/manga, tinha exibição de desenhos, alguns cosplays mas nada de bugigangas pra comprar...


Achamos um restaurante vegetariano/chinês perto do jardim japones: Spring. Não era muito caro e a comida era muito boa, e também era um dos poucos lugares onde conseguimos achar bebidas realmente geladas. Almoçamos lá quase todos os dias.
Fomos também ver a Casa Rosada, algumas igrejas ao redor, andamos pela Calle Florida, fomos as Galerias Pacífico (alguém nos contou, antes de irmos, que uma prima tinha sido roubada dentro das Galerias Pacífico, mas deve ter sido uma pessoa muito distraida, pois é um shopping, com seguranças e tudo mais), e ao Puerto Madero.



Puerto Madero era o lugar mais fresco da cidade, toda vez que ficavamos cansados de andar iamos até lá e ficavamos sentados nos banquinhos aproveitando a brisa, e além disso, tem uma loja da Freddo lá. E eles fazem sorvetes maravilhosos!
No segundo passeamos pela feira de San Telmo, linda, mas nada ascessível. Continuamos caminhando até chegar ao Caminito, se você quer uma foto daquelas com alguém vestido a caráter como dançarino de tango esse é o seu lugar. O caminito é cheio de lojinhas, ambulantes, pessoas tirante fotos e restaurantes.







 
No terceiro dia fomos até o Cemitério da Recoleta, lá você pode optar por uma visita guiado, que custa baratinho e ajuda a manter o cemitério, ou pode comprar um mapinha, ou só vaguar pelo cemitério. Do lado de fora você pode comprar lembrancinhas, terços, santinhos etc.




Mas o melhor de Buenos Aires achamos caminhando a esmo, o melhor alfajor comemos em uma padaria que era só uma portinha e que achamos por acaso quando estávamos indo para o Cemtério. Não compramos muito, mas os melhores achados foram em lojinhas ou banquinhas escondidas.

OBs.: todas as fotos do post são de Rafael Tonani, e são protegidas por licença Creative Commons.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mochilão - Argentina

Antes de fazermos o mochilão pela Europa fizemos uma prévia, uma viagem menor e mais barata, pra ver como nos saíamos montando o roteiro de viagem, comprando passagens, reservando hostels, etc.
Então fizemos uma viagem para a Argentina, aqui do lado né? Passamos 13 dias na Argentina, como todo mundo já tinha ido pra lá, menos nós, pegamos várias dicas com os amigos e parentes.


A maior parte das minhas amigas ficaram preocupadas, poderíamos ser assaltados, ou maltratados (porque somos brasileiros e tal), contaram histórias de primas e amigas que foram assaltadas lá.

Nós não fomos assaltados, e nem maltratados por sermos brasileiros. Buenos Aires já está tão cheia de turistas que não parece que eles ligam mais pra de onde são os turistas. Os garçons e atendentes das lojas já até entendiam os brasileiros que se recusavam a falar em espanhol. Nós falamos espanhol enquanto estávamos lá, afinal, tanto tempo estudando a lingua é bom usar quando se tem a chance né?
Não fomos roubados, mas também não ficamos dando bandeira. Numa das história a prima de alguém tinha sido assaltada dentro do shooping (o que será que esta pessoa estava fazendo, e qual o nível de atenção? pra ser assaltada dentro de um shooping e só perceber muito tempo depois?).




A montagem do roteiro foi dura, o que ver na Argentina? Consideramos visitar: Buenos Aires, que é onde fica o aeroporto internacional mais próximo; Mendonza, região famosa pelos vinhedos, mas não bebemos vinho, então descartamos, praia, mas de verdade não parecia boa opção, tanta praia no Brasil né? Ai decidimos ir ver as geleiras. Sabia que na Patagonia argentina tem um Parque Nacional das Geleiras (Parque Nacional de los Glaciares)? Muito legal né?

Foto de Rafael Tonani, Protegida por Licença Creative Commons

Então o roteiro de viagem ficou assim: alguns dias em Buenos Aires, depois rumo a El Calafate e depois El Chalten.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Projeto Mochilão - Resumo e afins

Depois de ver Praga pegamos um voo para Barcelona, e de Barcelona para Buenos Aires, trocamos de aeroporto e ai voltamos pra São Paulo! Muitas horas de aeroporto nesses dias, praticamente uma overdose. E ainda o voo de Barcelona para Buenos Aires atrasou umas 4 horas (tá vendo? sempre bom ter um espaço de manobra entre os voos).
E depois disso tudo ainda pegamos um ônibus pra voltar pra casa.


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 Fiz todos esses posts sobre a viagem que fiz com o intuito de ajudar outros mochileiros de primeira viagem. Porque tivemos alguma dificuldade em planejar a viagem para a Escócia, por causa dessas dificuldades limitamos nosso trajeto e não fomos mais ao norte. O post de hoje é só um resumo de dicas







A Europa é o lugar ideal para uma primeira viagem, tudo é muito organizado,é relativamente serguro, os sistemas de transporte são funcionais, as pessoas estão mais ou menos acostumadas com os turistas. Em Barcelona os anuncios no metro eram falados em diversas linguas (inglês, francês, japonês, menos português).





 
Com relação aos meios de transporte, voamos com 3 das companhias low cost:

1- Ryanair
2- Monarch
3- Vueling




 

Dessas a melhor experiência foi com a Vueling (também pode ser que eu estava muito cansada pra notar qualquer coisa, esse foi o voo de volta para Barcelona). Se for voar com as companhias low cost fique atento as especificações da bagagem de mão (elas tem medida e peso certos). No aeroporto perto do local onde se faz o check in  geralmente tem uma estrutura de ferro pra testar a bagagem de mão (a estrutura é mais ou menos um como uma caixa pra encaixar a bagagem, se ela não couber significa que deve ser despachada). Nestas companhias low cost ao lado do portão de embarque novamente encontramos essas estruturas de metal para testar a bagagem e uma balança. E se a mala for maior do que as especificações você com certeza vai ter que despachar. No portão de embarque ao lado do meu (em outro voo da Ryanair) um rapaz que estava com uma daquelas malas de academia teve que despacha-la, porque apesar da mala estar vazia (vazia mesmo, se a moça tivesse amassado a mala pra dentro da estrutura de metal ela tinha entrado) a mala em si era maior do que as especificações. Notamos que as pessoas que estavam com aquelas malas durinhas com rodinhas sempre eram paradas pelas atendentes de voo para testar as medidas e peso da mala. Nós estávamos com mochilas, não pararam agente nenhuma vez (e as mochilas estava acima do peso). Aquelas maxi bolsa também não são boa idéia, vi algumas moças tendo que esvaziar as bolsa e coloca-las dentro da bagagem de mão ("only one bag" a atendente dizia). Com relação ao voo em si, as poltronas da Ryanair eram definitivamente as mais duras e não reclinavam, as da vueling reclinavam um pouquinho. E durante o voo as atendentes tentam vender de tudo, perfume, comida, cigarro, etc.

Também andamos muito de trem. Se você puder andar de trem acho que vale muito a pena, os trens europeus são muito confortáveis e ver a paisagem não tem preço. Infelizmente para os trajetos que fizemos o trem ficava muito mais caro do que ir de avião. Mas se você for rodar a Europa por um bom tempo acho que vale dar uma olhada no europass (a Escócia não está inclusa no Europass, por isso não compramos). As passagens de trem você pode comprar e reservar os lugares pelo site. Os metros funcionam super bem, infelizmente sempre saíamos pela saida errada e nos perdiamos um pouco pra ahcar os lugares. Os ônibus também eram muito bons, e sempre no horário (na Irlanda, segundo nos disseram o ônibus chegava no horário certinho e 10 minuitinhos depois se não tivesse ninguém ele ia embora).



Com relação a segurança nas viagens, a receita para não ser roubada é simples: não de bobeira. Nos metros de Barcelona e Praga haviam avisos constantes para tomar cuidado com os batedores de carteira, para deixar sua bolsa sempre a vista etc.
Eu encontrei uma moça que tinha sido roubada em Barcelona, mas veja a situação, a moça não falava espanhol, só inglês, estava com uma daquelas maxi bolsa (bem maxi), e a bolsa não tinha ziper nem nada, só um botãozinho no meio. Roubaram tudo da menina, ficou sem nada mesmo, levaram até o passaporte.
Eu sei que doleira é bem chato de usar e tudo mais, mas veja bem, você em um país estrangeiro sem conhecer ninguém, vai arriscar? O namorado foi de pochete (super feio na foto, mas muito funcional).
E com relação aos hostels, muitas das minhas amigas me perguntaram se não tinhamos medo de sermos roubados no hostel. Ficamos em alguns que tinham locker e outros que não. Não roubaram nada de mim. Mas veja bem, o que eu teria na minha bagagem que poderia interessar os franceses? Ou aos americanos? Sempre deixavamos nossas coisas arrumadinhas, nada de se espalhar pelo quarto (para facilitar na hora de arrumar a mala de novo e não incomodar os outros), quando tinha locker deixavamos as coisas importantes no locker, o passaporte estava sempre comigo, não andava com muito dinheiro (sempre passava nos caixas eletrônicos) e divida o dinheiro entre vários bolsos carteiras e entre o namorado e eu. Também levamos anotados os números de telefone da operadora do cartão, do consulado e compramos aquele seguro viagem (também andava com a gente para todos os lados).
 Tivemos muita sorte nessa viagem, ela foi permeada de pessoas que nos ajudaram muito. Ganhamos carona, pessoas nos ajudaram achar o hotel (mesmo sem termos pedido), ganhamos bolacinhas e uma ótima conversa de uma senhora que morava do lado do campo de golfe. Minha amiga ficou muito preocupada quando eu contei essas histórias para ela, e me perguntou "e se eles fossem serial killers?". Acho que se você vai viajar procurando serial killers em todos os lugares sua viagem vai ser muito ruim, na verdade sua vida vai ser bem difícil. Não estou dizendo pra subir no carro de qualquer estranho, mas avalie a situação e aja de acordo.

Outra idéia que foi muito boa foi separar dois dias em Dublin para lavar as roupas e descansar um pouco.  Lavar a roupa é essencial, optamos por levar tudo em uma lavanderia, assim pudemos aproveitar o tempo passeando pela cidade.

                fonte:  http://www2.ilch.uminho.pt/portaldealunos/Estudos/EPI/AH/TCH/P1/Ana%20Lucia/Livro%20de%20Kells.htm

Nossa viagem se baseou em muita andança, então aproveitamos os dois dias em Dublin para ver o livro mais bonito do mundo e assistir ao Riverdance.



Outra coisa, algumas programas valem muito apena, independente do preço (ainda não converti os preços dos ingressos do Riverdance). Não compramos muitas lembrancinhas nem muitas coisas, eu sei que as pessoas ficam felizes quando levamos lembrancinhas, mas o dinheiro que gastaríamos nisso gastamos em outras coisas. Compramos poucas coisas pra nós mesmos, para poder usar o dinheiro pra conhecer mais lugares.

Não levamos guias de viagem, são sempre grandes e pesados (e caros). Imprimimos os mapas para chegar da estação de trem ou aeroporto até o hostel. As vezes imprimimos outros mapas dos lugares aonde queríamos chegar. Mas em todas as cidades havia um Tourist Office, super eficientes, ajudavam a achar hospedagem, tinham panfletos de todas as atrações da cidade, restaurantes e pubs. E mais importante tinham mapas gratuitos (que eram patrocinados por várias lojas e empresas da cidade), que tinham pelo menos o centro das grandes cidades. Qualquer outra informação é só pedir na recepção do hostel (eles também tem os mapas gratuitos do centro da cidade). Em Praga levamos o guia (ganhei de aniversário) ele foi útil em um dia, que já era noite e estávamos perdidos.

Com relação a comida, antes de ir entramos no site do Lonely Planet e pesquisamos as opções. Mas descobri que sempre existem opções vegetarianas na Europa, foi muito útil. E também que optar pelos restaurantes dos Hare Krishna é uma boa idéia, é barato, vem muita comida (muita mesmo), e se você for vegetariano não precisa se preocupar. Também íamos nos mercados e compravamos pão e queijo pra fazer lanche, ou tortas congeladas (muito barato).